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Thursday, January 31, 2013
Língua portuguesa
Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...
Amo-te assim, desconhecida e obscura.
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura!
Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
em que da voz materna ouvi: "meu filho!",
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!
Olavo Bilac
Wednesday, January 30, 2013
A Pianista
Tamborins de S. Pedro anunciam a apresentação
Eis que um franzino mágico entra em ação
Cartas aqui e acolá, vêm e vão, feitiçaria?
Frente ao inexplicável, o público ria
A guria-de-voz-doce, primeiro ato
A guria-de-voz-doce, primeiro ato
O sertanejo, um belo prato
O príncipe, um caricato
O príncipe, um caricato
O galã, chato
O teclado corre, as partituras voam
Kilimanjaro, para sua concentração, só um anão
Clima, guerras, meteoros. O mundo pode acabar
Mas enquanto houver espetáculo, suas mãos não cessará
- Francesco Bigollo
Monday, January 28, 2013
So Sleepy
get up in the evening
and wash my face at night
and wash my face at night
to start all over again
- Augusto Moraes
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